sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Falta de rigor em notícia publicada pelo Jornal i


O rigor e verdade que as Novas Oportunidades merecem.

Na sua edição do dia 19 de Agosto de 2010 o Jornal i apresenta na primeira página o seguinte título: “Certificados do 12º ano vendidos na internet por 400 euros”.

Mais do que bombástica, a notícia é falsa. Aliás, é desmentida no próprio jornal, cujo artigo refere a compra de portfolios reflexivos de aprendizagem, isto é, de trabalhos, o que é radicalmente diferente. Uma coisa é tentar vender um trabalho e outra é vender-se um certificado. O primeiro é sujeito a um processo de análise aprofundada pelos formadores e pelos Júris, o qual permite detectar qualquer tentativa de fraude e impede, de facto, o acesso ao certificado, se o trabalho for “falso”.

O certificado só é atribuído após um processo prolongado de escrutínio com vista a reconhecer e validar as competências possuídas.

A Agência Nacional para a Qualificação (ANQ) detectou, há alguns anos atrás, a existência de um mercado ilegal de venda de trabalhos, que constitui burla. Por isso foi a própria ANQ a denunciar os casos de que teve conhecimento ao Ministério Público.

O que o Jornal i faz é um trabalho supostamente jornalístico, fugindo à verdade, dizendo meias verdades e deixando no ar suspeitas infundadas.

Ao contrário do que diz o jornal, nas visitas de acompanhamento dos Centros Novas Oportunidades realizadas pela ANQ, não se detectou a “existência de alunos certificados com trabalhos retirados integralmente da internet”. Apenas se detectou nalguns portfolios reflexivos de aprendizagem, de muitas centenas de páginas, alguns pequenos textos retirados da internet. Com as devidas citações e referências. Não se trata, portanto, de qualquer tentativa ilícita de obtenção de diplomas. Trata-se porém de uma prática a corrigir e que deu origem a orientações nesse sentido.

O número de casos detectados é irrelevante. Dizer, como diz a jornalista, que “Porém, o universo é suficientemente vasto para ter justificado o envio da nota de orientação aos Centros Novas Oportunidades” é um abuso e uma mistificação que não colam bem com a ética da verdade e do rigor que deveria pautar todo o trabalho jornalístico.

Tal como o são dizer-se que foram detectados “dezenas de casos…”, para depois se afirmar que não existem números, mas que serão grandes, porque caso contrário não existiria a orientação para evitar que um erro seja cometido.

Deve acrescentar-se que as orientações que a jornalista refere foram divulgadas através de e-mail a toda a rede de Centros Novas Oportunidades. Da internet foram retirados os valores de todas as campanhas de mobilização e divulgação da Iniciativa Novas Oportunidades realizadas pela ANQ. A prática da ANQ é transparente.

Esclarecimento: “O rigor e verdade que as Novas Oportunidades merecem” - ANQ